Pressão alta na gravidez: o que é a hipertensão gestacional?
Você sabia que hoje, dia 26 de abril, é celebrado o Dia Internacional da Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial? A pressão arterial é o que movimenta o sangue bombeado pelo coração, suprindo outros órgãos e assim mantendo o funcionamento deles. Quando a pressão está alta, o coração faz mais esforço para bombear o sangue, e a continuidade desse esforço exacerbado pode levar a doenças cardiovasculares, AVCs e insuficiência renal.
Cerca de 15% das mulheres acabam desenvolvendo a hipertensão na gravidez, sendo um quadro relativamente comum. Certas características podem contribuir para o surgimento da pressão alta na gravidez, tais como: primeira gravidez, gestante acima de 35 anos, sobrepeso, histórico familiar e até mesmo a gestação gemelar.
O quadro de pressão alta na gravidez pode surgir antes ou durante a gestação, e, quando não acompanhado e tratado, pode ocasionar descolamento da placenta, partos prematuros ou, em casos mais graves, óbito do bebê e da gestante.
Devido à importância, o acompanhamento pré-natal nunca deve ser deixado de lado, especialmente após completar 20 semanas de gestação. Isso porque, nesta fase, o corpo da gestante chega a produzir mais de um litro extra de sangue, sobrecarregando naturalmente o bombeamento do coração.
É preciso saber que existem 4 tipos de hipertensão que podem surgir na gravidez, sendo eles:
Hipertensão crônica pré-existente:
É o quadro que surge antes das 20 semanas de gestação, indicativo de que a mulher já era hipertensa antes da gravidez. O diagnóstico pode ocorrer também durante a gravidez, e a pressão não estabiliza após 12 semanas após o parto.
Pré-eclâmpsia:
É um tipo de distúrbio vascular, caracterizado pelo aumento da pressão e a eliminação excessiva de proteínas pela urina. Geralmente surge após 20 semanas de gestação e pode se manifestar por até 6 semanas após o parto. Pode também significar problemas renais ou no fígado.
Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica:
É o surgimento do quadro de pré-eclâmpsia em mulheres que já apresentam a hipertensão crônica ou problemas renais prévios à gravidez.
Hipertensão gestacional:
Tipo de hipertensão específica das gestantes e, para se confirmar esse diagnóstico, é preciso afastar a possibilidade dos quadros descritos anteriormente. Pode ser transitória - a pressão se normaliza em até 12 semanas após o parto - ou crônica, quando a pressão permanece alterada após essas 12 semanas.
O que pode ser feito?
Como mencionado anteriormente, o monitoramento deve ser feito através do acompanhamento pré-natal, e a gestante deve estar atenta a alterações sintomáticas, como dores de cabeça, vertigens, fadiga excessiva, náuseas insistentes e vômitos - especialmente a partir do segundo trimestre da gravidez. Caso sinta qualquer um desses sintomas, é necessário notificar seu médico para investigação da causa.
Como boa parte dos medicamentos de controle de pressão não é recomendado para uso na gravidez, alguns comportamentos podem ser aliados na manutenção da pressão, tal como: seguir uma alimentação balanceada, sem muito sal ou gordura, diminuição do estresse, e manter uma rotina de repouso. Se hidratar recorrentemente, realizar exercícios físicos - desde que liberados pelo seu médico - também são importantes para evitar a hipertensão.
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